segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

O abraço de afogados: quem conhece sabe que é o início do fim.

Aécio e Andréa Neves sobreviveram protegidos pelo silêncio da mídia mineira. Ao tentarem alçar vôo nacional, sendo observados pela mídia digital a máscara caiu.

Por Marco Aurélio Carone.

No passado, os veículos da imprensa nacional mantinham ativas e independentes sucursais nos diversos Estados do País. Minas não era exceção. Houve um tempo em que os funcionários destas sucursais na capital mineira, somados, suplantavam o número de funcionários trabalhando nos veículos da imprensa local.

Como exemplo, basta citarmos as sucursais: do "Estado de São Paulo", "Folha de São Paulo", “Última Hora”, “Jornal do Brasil”, “O Globo”. O que ocorria em Minas Gerais era rapidamente repassado. É evidente que naquela época, como agora, os Poderes econômico e político interferiam nas publicações das matérias. Mas, por meio de relatos e conversas informais entre os jornalistas das sucursais mineiras com seus colegas de outros estados, transmitia-se com fidelidade o que aqui estava acontecendo.

Com a crise batendo na porta destes veículos, e diante do “acordo” celebrado com o Governo de Minas − quando se instituiu o FEE mensal, valor pago aos veículos para publicação de releases − estas sucursais foram sendo extintas, permanecendo algumas poucas com reduzido número de jornalistas, com a adoção da pré-aprovação das pautas a serem cumpridas por seus jornalistas.

Desta forma, a imprensa nacional ficou refém, pois, tem que utilizar como informação o que a imprensa local publica, sendo induzida ao erro. Como é de amplo conhecimento, essa imprensa local, vivendo uma enorme crise financeira, viu-se obrigada a subordinar-se a vontade do maior e praticamente exclusivo anunciante, o Governo de Minas.

Até 1991, no segundo governo de Hélio Garcia, esta relação era sutil, embora irregular e sem maiores imposições. Porém, na mesma porta que entrou Washington Mello para exercer o cargo de assessor de imprensa, entrou junto o modelo que vigora hoje. É evidente que, diante do que vem ocorrendo a partir de 2003, o esquema de Mello pode ser considerado “juvenil”.

Com a posse de Aécio em 2003, implantou-se um modelo draconiano, por meio de negociação das verbas de publicidades, pertencentes ao Governo. As verbas das autarquias e empresas públicas foram concentradas em uma secretaria, sendo administradas e direcionadas para os veículos segundo a vontade de Andréa Neves.

O critério para o recebimento desta verba passou a ser o de total submissão editorial ao Governo de Minas. A esta degradada relação houveram resistências, assim como e em idêntico número as vítimas, mas ela se manteve protegida pelas montanhas de Minas. O comportamento e costume de Aécio, de seus auxiliares e de seu governo passaram a ser assunto proibido na imprensa regional. Dar espaço e voz à aqueles que pensavam diferente do Governo, passou a ser crime.

Denúncias não eram toleradas, os veículos que as ousassem fazer eram punidos severamente com a perda da propaganda oficial e demissão do profissional que as fizera, além da perseguição pelos órgãos de repreensão do governo que, para surpresa de todos, eram capitaneados por integrantes do MPMG − participantes da ala do ex-procurador Jarbas Soares e sucessores.

O Novojornal vem destoando desta realidade desde 2006, pois além de seu mínimo custo, foi criado e mantido através da venda de patrimônio pessoal de seu diretor responsável. Esse, por ter dirigido diversos veículos da mídia, inclusive dois jornais diários na capital, planejara o retorno do investimento em 10 anos, prazo normal para o setor.

Com a lógica de que os veículos da imprensa só sobreviveriam se recebessem verba de publicidade do governo, Andréa Neves não aceitava que o Novojornal sobrevivesse. Através de uma “parceria” com Jarbas Soares, o então procurador Geral do Ministério Público, tentou em 2008 fechar e desmoralizar o portal jornalístico, não obtendo sucesso.

Vieram dezenas de processos, o que igualmente, não surtiu qualquer efeito, pois, continuávamos a noticiar. Passou-se então, a perseguir nossos colaboradores e funcionários, além de ameaçar e constranger nossos anunciantes. Desesperados, passaram a utilizar a máquina policial no intuito de intimidar e tentar obter acesso às nossas fontes de informação. Por último, utilizando-se de um promotor que “disposto a tudo”, como demonstra seu passado, acusou o diretor responsável do Novojornal de ser relações públicas de uma quadrilha de falsários.

O motivo: o Novojornal deu voz ao denunciante do esquema criminoso, denominado “Lista de Furnas”, montado para abastecer financeiramente a campanha do atual senador, Aécio Neves ao governo de Minas. O documento foi periciado e atestado como autêntico pela Polícia Federal.

Para a grande maioria dos amigos e familiares tratava-se de uma luta inglória, pois o poder que Aécio e seu grupo conseguiram no País e no exterior era gigantesco. Impossível de ser confrontado.

Devo admitir que por diversas vezes me perguntei se valia a pena. As ofertas milionárias e a cobrança de familiares e amigos defendendo a busca de um acordo para levar vantagem, obrigaram-me a afastar dos mesmos. Agora, anos depois, leio entrevista do próprio assessor de marketing de Aécio afirmando ser impossível sua pretensão de ser candidato a presidência, diante do que foi noticiado pelo Novojornal.

A mídia nacional vem diariamente recorrendo ao trabalho do Novojornal para fundamentar suas pautas e noticiar sobre o Aécio Neves que ninguém conhecia. Os documentos que comprovam as matérias são solicitados e fornecidos. Desesperada, Andréa busca ajuda do “Gangster da Imprensa” Leonardo Attuch, para plantar uma matéria na revista “IstoÉ” com a finalidade de denegrir a imagem do portal e de seu diretor responsável.

Mais uma vez deu errado. “IstoÉ” esqueceu-se que fora ela o primeiro veÍculo a noticiar que a “ Lista de Furnas” era verdadeira.O que provocou, além de enorme insatisfação e discussão na redação, a internação de um de seus melhores jornalistas.

O questionamento da mídia independente quanto aos motivos que levaram a revista a praticar tal absurdo, acabaram por trazer à tona um esquema montado por Aécio Neves junto a Editora Três, dona da publicação.

Descobriu-se que, assim como em relação ao livro “Privataria Tucana”, existia a digital de Aécio nos ataques que a “IstoÉ” vem fazendo ao PSDB paulista. Desmoralizado, ele é hoje conhecido nacionalmente como um garoto mimado, despreparado e teleguiado por sua irmã, que cuida até de suas constantes internações por dependência química. Aécio busca o Poder por capricho e vaidade, visando atender os seus interesses financeiros, de seus familiares e patrocinadores.

Sem falsa modéstia, entendemos que dentro de nossas limitações, contribuímos para que a população tenha conhecimento de quem é Aécio Neves e sua irmã Andréa, assim como, o que ocorreu em Minas Gerais neste período sombrio.

Nosso diretor responsável, quando questionado pelo já falecido pai dos irmãos Neves, Aécio Cunha, sobre os motivos das críticas do Novojornal ao comportamento de sua filha a quem ele considerava um gênio, respondeu:

Ela o criou, o escravizou e vai matá-lo.


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